A festa esta programada para logo mais as 22h,no Kactus Clube no Centro da cidade.
Veja um pouco da história de Barto Galeno o Rei do Brega no Brasil,e uma entrevista exclusiva no Lagoa Grande Esporte.
O Lagoa Grande Esporte abre espaço hoje para aquele que é um ídolo da música Brega Brasileira.Bartolomeu da Silva, ou simplesmente Bartô Galeno, o paraibano que saiu de Souza para residir na Serra Mossoró e ficou conhecido como a mais bela voz do Rio Grande do Norte tem no seu currículo 16 CDs e mais 500 músicas todas registradas em seu nome e dos respectivos parceiros,sendo interpretadas por medalhões da música brega.
Em um ano só, gravou mais 40
canções com vários artistas. Entre
eles, Fernando Lellys (Um par de
alianças), Carmem Silva (Amor com
Amor se Paga), além de Waldick
Soriano, Odair José e outros.
Mesmo assim, Bartô disse que o
retorno financeiro dessas
composição é o mínimo,
"compositor é muito roubado no
Brasil", lamentou.
Aos 51 anos,Bartô se diz feliz e
apaixonado. Pai de quatro filhos,
sendo que um deles dá seus
primeiros passos na música com o
grupo que mistura samba e futebol denominado Daniel Galeno e os Boleiros.
Entrevista Exclusiva;
Lagoa Grande Esporte– Você é natural de Mossoró?
Bartô Galeno – Não, eu me formei
na música em Mossoró. Eu sou
natural da cidade paraibana de
Souza. Eu cheguei em Mossoró com 10 anos de idade, em 1960. Eu comecei cantando nos programas da Rádio Rural. Participei do concurso "A Mais Bela Voz", onde tive a felicidade de ser o vencedor,e saí de Mossoró para Recife,de Recife para São Paulo, de São Paulo para o Rio de Janeiro,e por aí segue.
LG E – Qual foi o seu primeiro
disco lançado?
BG – Como cantor, foi o vinil Só
Lembranças. Esse disco está em
catálogo até hoje.
LG E – Só Lembranças foi datado
de que ano?
BG – Ele foi lançado em 1975.
LG E – Como foi o esquema de
lançamento desse seu primeiro
trabalho? Foi por uma gravadora
independente?
BG – Na época era uma gravadora
que estava estreando, mas que
depois passou a ser grande, era a
Tape K.
LG E – E como foi que se deu o
contrato com a gravadora?
BG – Como compositor, eu tive o
privilégio de conhecer o nosso
mossoroense Oséas Lopes, que é o
Carlos André, e ele praticamente
me descobriu como compositor e
viu que eu também cantava.Aí
resolveu me lançar,intermediando
o contato com a gravadora para
lançar esse primeiro disco de vinil
intitulado Só Lembranças.
LG E – Fale sobre o Bartô Galeno
compositor.
BG – Bem.... eu comecei
compondo. E quando a gente
começa compondo, parece uma
fonte que Deus dá que não se
esgota nunca.
LG E – E como compositor, você
recebe o devido retorno
financeiro?
BG – Olha,para te ser sincero, o
compositor é muito roubado no
Brasil
LG E – Por quê?
BG – Por que o Ecad arrecada e
não retribui para o compositor.
Nós somos muito roubados,eu já
falei muito isso por todo lugar que
eu passo.Mas não adianta porque
ninguém faz nada.Mas, graças a
Deus, eu sou muito cotado para
shows,eu faço show no Brasil
todo,e... a gente vai se
defendendo. Eu tenho quase 500
músicas como compositor.
LG E – Todas registradas?
BG – Todas registradas no meu
nome,e dos meus parceiros.Se o
Ecad não paga o que a gente tem
direito como compositor,a gente
vai se defendendo como cantor,
fazendo shows.Tem que dar graças
a Deus, porque se eu fosse só
compositor, como diz o
mossoroense,eu tava reado (risos).
LG E – Você nunca procurou os
meios legais para receber os
seus direitos como compositor?
BG – Zezé Di Camargo e Luciano
são roubados,Roberto Carlos é
roubado e eles não dão jeito.Eu,
que sou apenas um brega, eles não
vão dar jeito.
LG E – Você tem quantos CDs
gravados?
BG – Ao todo, são 16 CDs
gravados.
LG E – E qual a média de
vendagem desses trabalhos?
BG – De 100 mil cópias acima.
Para você ter uma idéia, "No toca-
fita do meu carro" foi gravado em
77 e vende até hoje.Ainda bem é
Som Livre,do sistema Globo.A
Som Livre paga! As multinacionais
têm essa vantagem, elas pagam.
LG E – Você já tocou praticamente
nos quatro cantos do País, qual o
lugar mais barra pesada que
você teve que se apresentar?
BG – Foi nos garimpos de Serra
Pelada. Quando cheguei lá,
realmente deu vontade de voltar.
Os garimpeiros dando tiro para
tudo quanto é canto. Cada música
que eu tocava era bala comendo.
LG E – Quando foi isso?
BG – Isso foi em 1978. O pessoal
pedia uma música, eu tocava, e
eles metiam bala. Aí o dono da
casa de show dizia: "Barto, não
tenha medo, não, porque eles
fazem isso quando tão gostando.
LG E – Qual foi o maior público
que você já se apresentou?
BG – Eu tive o privilégio de me
apresentar para 30 mil pessoas no
Patativa, que é um dos maiores
clubes do País, em São Paulo.
LG E – Na sua opinião, qual a
música que mais marcou a sua
carreira?
BG – Eu acho que "No toca-fita do
meu carro". Sem dúvida, é o meu
carro-chefe, meu carro pedestal, e
conta a história de um carro que
eu comprei a Gonzaga Veículos,
fiado. E eu falo isso por onde eu
passo, São Paulo, Brasília, porque
foi verdade. Ele confiou em mim,
eu estava começando. Um cara
vindo lá da Serra Mossoró comprar
um carro fiado e o cara ter
coragem de vender, só pode ter
muita coragem.
LG E – Como cantor, como você
está enfrentando a pirataria de
CDs?
BG – Olha, pirataria é igual ao
Ecad, ninguém dá jeito. Eu nem
esquento a cabeça, eu quero mais
é que eles sejam felizes. Eles não
atrapalham a minha carreira, pelo
contrário. Poderia ser melhor,
claro, mas o povão precisa
sobreviver também.
LG E – Deixe sua mensagem final
aos seus fãs de Lagoa Grande.
BG – Meus agradecimentos à
imprensa, ao Lagoa Grande Esporte. E deixo um beijo
carinhoso para minhas fã e deixo
um abraço bem forte para os meus amigos.


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