sábado, 8 de junho de 2013

A cidade da Copa do Mundo em Pernambuco;Veja detalhes

A arena multiuso que colocará Pernambuco no mapa do Mundial de 2014 é apontada como a força motriz para o desenvolvimento imobiliário da zona oeste do Grande Recife. Com um região metropolitana asfixiada de norte a sul, a expansão para aquela região era tratada como prioridade para dar continuidade ao crescimento. O estádio é o primeiro passo de um megaprojeto que visa a construção de um bairro inteiro, com nove mil moradias, centro comercial e hotéis, em um orçamento astronômico de R$ 1,59 bilhão - alvo de inúmeras críticas devido ao temor de se tornar um “elefante branco”.

A arena também foi criticada devido à distância, a 19 quilômetros do Marco Zero, e por causa da existência de três estádios particulares no Recife. Com inúmeras análises mostrando a inviabilidade de reforma de qualquer um dos três (Arruda, Ilha do Retiro e Aflitos), o projeto acabou sendo apontado como o único do governo do estado a Copa. O estádio, que atende ao exigente caderno de encargos da Fifa, terá 46.214 assentos e um estacionamento para até seis mil veículos (ou 30 mil torcedores).

Em 2014, o local deverá receber quatro ou cinco partidas da Copa do Mundo. A arena, cujo nome oficial depende de um contrato de naming rights (publicidade), ficará a 700 metros da nova estação de metrô Cosme e Damião, sendo o único dos 12 estádios da próxima Copa a ter uma ligação metroviária direta com o aeroporto.Além de medidas socioambientais (como energia solar e cadeiras produzidas a partir da cana-de-açúcar), a nova praça esportiva poderá gerar entre R$ 5,7 milhões e R$ 86,2 milhões por ano, dependendo do número de clubes que assinarem contrato.

O projeto da Cidade da Copa foi desenvolvido durante oito meses pelo Núcleo Técnico de Operações Urbanas do governo do estado (NTOU), chefiado pelo arquiteto Zeca Brandão. A arena foi apresentada oficialmente em 15 de janeiro de 2009. Após a vitória do consórcio liderado pela Odebrecht na licitação, o estádio passou por uma mudança na modelagem externa, assinada pelo arquiteto Daniel Fernandes. O novo modelo priorizou uma estética mais modernista, com uma cobertura feita de policarbonato, semelhante ao vidro, alinhada à canhões de luz, no lugar da antiga modelagem que remetia à cultura local, numa obra do artista plástico Francisco Brennand.

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