Roda de capoeira na Praça do Bambuzinho, Centro de Petrolina (Foto: Magda Lomeu)
Afim de promover a prática da Capoeira, o Centro de Esporte e Lazer de Petrolina vem promovendo o Festival de Capoeira em parceria com o Grupo Embondeiro desde quarta-feira (11). Neste sábado (14) é o último dia desse festival. As atividades começaram com uma roda de capoeira na Praça do Bambuzinho no Centro de Petrolina com a presença do Mestre do grupo, professores e alunos. À tarde acontecerá a troca de corda dos capoeiristas iniciantes e uma festa de confraternização.
O grupo Embondeiro foi criado há pouco tempo, em 30/11/2013 por Edeil Santos – Mestre Cabeça que é de Aracaju. Há 24 anos na capoeira ele decidiu criar seu grupo com o objetivo de disseminar a cultura modalidade, incentivar a prática esportiva e profissionalizar professores para dar continuidade ao trabalho de desenvolver a integração social, já que a prática da capoeira é acessível para todos.
Formando Carcará e Mestre Cabeça comandam a roda no Centro de Petrolina (Foto: Magda Lomeu)
- Muitas pessoas vivem exclusivamente da capoeira, assim
como eu. As pessoas querem levar a cultura para além das fronteiras e espalhar
a capoeira pelo mundo. Moro em Boston, nos EUA há 7 anos e foi a capoeira que
me proporcionou isso, com ela me profissionalizei e me tornei professor da
modalidade. Assim como Mestre Cabeça em Petrolina o professor Roque Barbosa – Formando Carcará e a professora Eliana Alves – Formanda Tartaruga, vivem exclusivamente da Capoeira. Respectivamente eles tem 21 anos e 26 anos na modalidade. Ambos tem a capoeira como forma de vida e tiveram toda sua formação dentro da modalidade.
- Queremos divulgar a arte afro brasileira. Promover com ela a mudança na vida dos alunos seja socialmente, culturalmente e até profissionalmente. Tudo que eu faço atualmente a capoeira está. Se sou uma pessoa melhor, foi a capoeira que me ensinou. Se eu sei conviver bem em sociedade e com todos, foi a capoeira que me ensinou. Se eu tenho como me manter, é a capoeira que me proporciona isso. – diz o Formando Carcará.
Eliana Alves, Formanda Tartaruga (Foto: Magda Lomeu)
- Comecei na capoeira por achar curioso ter poucas mulheres
praticando. Isso lá em Salvador. Pratico há 26 anos e há 18 anos dou aula. Tudo
na minha vida gira em torno da modalidade e tenho que agradecer muito por isso –
comenta a Formanda Tartaruga.É esse trabalho que o Centro de Lazer e Esportes de Petrolina quer promover. Fazer com que a capoeira, modalidade genuinamente brasileira, possa provocar mudanças. A prática se estende à todas as pessoas que tenham interesse. Mas Mestre Cabeça atenta para um cuidado que os pais devem ter ao inserir seus filhos na prática:
- Capoeira não é só pernada! É preciso saber a origem e a didática que os professores utilizam em suas aulas. É importante que ele tenha consciência do trabalho que está realizando. A capoeira é um meio de inserção social. Para nós todos são iguais.
Por GloboEsporte.com*Petrolina
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